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Entrevista sobre Ansiedade Algorítmica para Record News

Entrevista sobre Ansiedade Algorítmica para Record News

Por Estúdio News - Record TV - 

O fato das redes sociais e aplicativos de mensagens facilitarem nossa comunicação, pode trazer consequências para grande parte das pessoas, muitas delas acabam aumentando seu nível de ansiedade e estresse.

Na maioria das vezes, quem passa por um quadro de ansiedade não consegue perceber sozinho, pois ela começa “pequeninha”, segundo Ale Esclapes, psicanalista e diretor da EPP - Escola Paulista de Psicanálise e do Instituto Ékatus. O primeiro passo para entender se você ou alguém próximo está passando por um quadro de ansiedade é prestar atenção no que está em excesso e fazendo mal.

Danilo Gabas, psicólogo da Faculdade de Ciências da Unesp Bauru, destaca que o Brasil se configura hoje como o país, no mundo, que mais tem a população ansiosa, “9,3% dos brasileiros sofrem com o transtorno de ansiedade crônico, ou seja, que tem uma alteração importante na funcionalidade, e no top 10 está em 7ª posição mundial em prevalência de transtorno depressivo. Esse aumento de ansiedade importante no nosso país, em nível mundial, é importante ser discutido, as redes sociais com certeza fazem parte desse processo por serem um fator de risco”.

A felicidade é um dos principais sentimentos exibidos nas redes, mas Ale Esclapes pontua que a vida não é só de momentos felizes o tempo todo e mostrar aquilo que você não é pode criar uma crise de despersonalização, além disso, o psicanalista diz que a questão pode se agravar em relação aos adolescentes.

A nomofobia, medo irracional de ficar sem o seu celular e a síndrome de FOMO ‘o medo de ficar de fora’, comum principalmente entre adolescentes, são ocasionados pelo uso excessivo do aparelho celular e das redes sociais.

“Se pararmos para pensar como nossa vida está atrelada às redes sociais, como estamos sujeitos aos algoritmos que essas redes sociais têm dentro da construção delas, a gente consegue entender um pouco das fobias associadas a esse uso”, diz Danilo Gabas.

Saindo um pouco das redes sociais, outra questão atrelada aos sintomas de ansiedade está no uso de dispositivos de mensagens, completa Ale, “a pessoa manda uma mensagem e quer a resposta na hora, no mesmo momento, ou seja, temos uma diminuição da capacidade de espera, temos a diminuição da tolerância, o outro vai ter um tempo diferente de mim, vai ter o tempo dele para resolver, ele não está à minha disposição”.

Veja a entrevista completa:

https://youtu.be/FIY97SDAP7c